quinta-feira, 11 de abril de 2013

TIPONE VATLAVIC





O espaço real entre a dúvida e a certeza!

Vazio! Entrei no campo minado que é minha mente e só vi,vazio!
Voltei dos mortos pensando poder entender esta mente senil e só encontrei o vazio!
O vazio é ensurdecedor como o silêncio, um grito do nada, uma profecia do invisível, uma estrondosa verdade que não existe!
Sou o cabo eleitoral de mim mesmo e não acredito mais nas minhas promessas!
Plagio deveras convincente!
Diante dos circuladores e dos flamejantes conduzo o tédio ao desterro e, ao desapego, o sentimento de posse!!
Aeternas veritás.

A cúpula deteriou-se na noite chuvosa de proteção, só sobrou meu rifle e minha inteligência criminosa!

09/04/2009

quinta-feira, 4 de abril de 2013

TIPONE VATLAVIC




PLENO E SERENO, LONGE DO SERENO!!!



Apesar de muitos pensamentos suicidas, acabo sempre agradecendo por mais um dia de vida! Novamente respirando o cheiro da tinta arte, conheço e reconheço minhas amizades, é como uma anestesia em minha dor, se transformando em sinestesia para compor, é como a palavra  amor, que ao contrario vira Roma que arde na chama da minha alma egocêntrica e insana. Faço perguntas, peço respostas, em um mundo de atitudes brutas enfrentando seus demônios, suas lutas!
Hoje somos os todos, os nadas, somos miras e nossas armas, mas nas batalhas, somos nossas próprias navalhas, então se liberte, escreva,pinte, se expresse voando como se tivesse asas!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

TIPONE VATLAVIC




Ao Genésio Sofredor!



Acalma-te pobre mendigo
Já disse que por esta noite terá abrigo!
Seja em minha casa ou no estábulo
Então acabe logo com este podre vocábulo.

Não aguento mais tuas choradeiras sobre o amor
Porque não me fala de outra dor?
Teu semblante sujo parece ser das dores o pai
Conte-me, não da ave que voa, mas sim da que cai.

Não quero saber das suas posses sentimentais
Quero saber do intelecto teu que se sobressai
Vá até o lavatório e clareie esta face com água e sabão
Escove teus cabelos e lave também as mãos.

Olha só quem vem ao meu recinto
Não me parece mais aquele mendigo faminto
Agora me parece um homem de verdade
Pronto para deixar sua marca na realidade.

Beba deste café amargo
Sorva tudo num só trago
Espere um minuto antes de começar a falar
Deixe o café em teu sangue circular

Qual é seu nome meu nobre?
- Genésio meu senhor!
Senhor de quem? Já disse para anular teu vocábulo podre!
Somos apenas seres responsáveis por todo e qualquer desamor.

Serei direto nesta pequena lição.
Não que minhas palavras tenham maior valor que as tuas, apenas me lembro de onde vem e pra onde vão os ensinamentos que meu sobrenome me trouxe!
Não me chame de senhor!

Antes que comece a choramingar mágoas
Direi-te o rumo que devemos tomar
Não me fale sobre a aflição destinada as passadas águas
Diga-me sobre o medo de saber e não querer mais voar

Comece contando uma ocorrência qualquer
Acontecida em um bar, esquina ou festa
Na estória tem que ter um mendigo, um rico e uma mulher
Seja breve na narrativa, solte ao vento
As palavras que franzem a testa

- Manha de Dezembro, a brisa fria do mar me encrespa todos os pelos do corpo
Olho para meu lado esquerdo e não consigo enxergar
Nenhum vulto, só vejo um copo.
- Bebo-o inteiro, então me surge uma garrafa,
Uma mesa, três copos vazios e um isqueiro
Encho e bebo mais um copo alcança o nível alfa
Aparecem-me mais garrafas e um profissional pistoleiro (Cheio de garrafas )

- Lembro-me da fisionomia do homem, sou eu!
Ah! Tem mais dois de mim aqui!
Um pirata e um judeu...
Amigo, ainda estou aquí?

Está sim, querido amigo
Beba mais café, aqui não existe perigo
Apenas deixe tua mente digerir este café
E o haxixe fará sua parte, tenha fé!

- Me sinto estranho diante destes espelhos
Sinto vergonha de tê-los abandonado
Parece-me que nunca fui errado
Quando matei, roubei ou fui assassinado... Não para aqueles olhos!!!

Quais olhos? De onde surgiram
Ou poderão surgir olhos que não incriminam?
Olhos que não nos pedem mais?
Olhos que transcendem nossos sonhos, de onde pode vir tal força, homem sagaz?

- Eles se foram! Apagaram-se os olhos!
Eu os temi por isso eles morreram.
Lágrimas jorram em abundancia enquanto todos meus copos, vazios se tornavam
E minhas lembranças se sujavam numa manha de Julho.

- Não quero mais falar
Não quero mais falhar
Não quero mais acordar
Não quero mais amar

Você se equivoca mais uma vez
Não eram seus aqueles olhos, nem de nenhum dos outros tres.
Eram fantasias seculares, que o fez enxergar a salvação
Que você queria ter, alguém te olhando, observando, não?

Você ainda pensa com sentimento de posse e fraqueza
Mesmo sabendo do tamanho da sua força e beleza
Tenho a solução dentro desta taça
Beba agora, e sua mente de vez perderá esta maldita mordaça!

-Por que tudo que toco parece poder me machucar?
Por que tanto desprezo sofro daqueles que amo?
Por que não consigo ser como todos, não quero mais falar!
Não estou entendendo onde essa conversa vai me ajudar, perdoe-me meu amo!

Já disse que somos igualmente humanos!
Seja homem de novo, seja impiedoso com o inimigo
Faça com que ele sofra pelos perdidos anos
Que você chorou por trazer a bela anormalidade consigo!

Deixe os anos pregados na cruz, ficarem pra trás!
Não tente se fazer entender à  aqueles que não tem ouvidos para ouvir
Amamente com sua luz apenas os de mente forte, você é capaz!
Redesenhe seus caminhos com o sangue dos que sonham em te trair!

Odeie seu sentimento de posse
Expurgue-o de seu peito com uma simples tosse
O tempo é esse! Não é uma era precoce
Sacrifique um jantar hoje e amanhã te servirei o real banquete

Tu ficarás perdido no começo
Vais achar que essa mudança é um tropeço
Vais pensar que a morte eu mereço
Mas se não te curar deste mal em um mês
Para me matar, dou-te meu florete!

- Porque confiaria meu grande sentimento a ti?
Acabei de conhecê-lo bebendo e brigando como todos!
Esnobando os menos afortunados por todo o caminho até aqui
Porque me trata diferente, sou como os outros.
Não tenho belos modos

Eu reconheço o potencial no olhar do homem
Esnobo desde ricos a pobres, basta serem fracos
Não julgo ninguém pelas suas posses, eu vou além!
Eu entendo quando vejo que a fúria de alguém está em cacos.

- Quem és tu? De que inferno saíste?
Não vês que não passo de uma alma triste?
Porque me bajulas, porque acredita na minha alma?
Porque achas que posso destruir meus demônios, isso não me acalma!

Eu tenho a verdade comigo
Posso ser teu recente amigo
Mas acredito entender o que precisas
Faço o que faço, pois um dia eu precisei e não tive essas palavras preciosas.

Os que se diziam meus amigos correram quando souberam da minha insanidade
Por isso, aprendi a olhar nos olhos de uma alma e ver quanto cresceriam.
Se tivessem estas simples palavras, cheias de verdade.

- Então o senhor já sofreu por amor?
Por isso o ataca tanto
Por não ter sido acolhido nem bajulado, quando seu pranto escorria como um rio nesta tua face de rancor!

- Conheço seu tipo velho solitário
Não conseguiu ser recompensado
O bastante, pois, o amor é desregrado!
Não cabe nas tuas filosofias de armário!

Há,há,há! Assim mesmo meu caro nobre!
Bravo... Como se chama mesmo, pessoa nova?
Solte a besta que se aprisionou em sentimento pobre
Faça valer seu nome de homem, me de a prova!

- Meu sentimento é rico em alegrias
Através dele conheci um mundo novo
Onde o amarelo é mais do que gema de ovo
E de tão quente que era, fazia borbulhar um mar de ondas frias!

Então porque estava em farrapos há pouco?
Então porque estava mais sujo que um porco?
Diga-me “defensor do que faz mal”
Porque tamanha beleza arruinou sua moral?

-Assumo que assim como você fui traído
Não por pessoas mais sim por sentimentos
A posse e a regra me tiraram o alarido
Que os pássaros faziam para me tirar dos tormentos

Aprendi com a derrubada de meu castelo
O quão grande e belo
Posso ser sendo à imagem e semelhança de mim mesmo
Sem precisar ter nem agradar a esmo!....

Amanhã falamos mais sobre isso
Teu leito esta pronto
Se retire ao andar superior, não seja submisso
Aos seus pensamentos... Não quero ouvir nenhum pedido de acalanto...



15/12/2008